O Núcleo de Maringá do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, deflagrou na manhã desta quinta-feira, 1o de agosto, a Operação Perenidade, com o cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares pessoais como recolhimentos domiciliares, proibições de contato entre os investigados e proibição de contratar com o Poder Público, entre outras. Também foram cumpridas medidas patrimoniais consistentes no bloqueio de 21 imóveis e quatro veículos pertencentes aos investigados.
A operação investiga possíveis crimes de falsidade ideológica, organização criminosa, fraudes licitatórias e lavagem e ocultação de bens e valores relacionados à Prefeitura Municipal de Mandaguaçu. As ordens judiciais foram expedidas pela Vara Criminal de Mandaguaçu, para cumprimento em endereços relacionados aos investigados em Maringá e Mandaguaçu, no Norte Central do estado.
Atuação perene – As investigações apontam para um conjunto sistemático de fraudes licitatórias que teriam sido praticadas contra o Município de Mandaguaçu há pelo menos 15 anos, com participação de um ex-secretário municipal, de forma conjunta e organizada com outras pessoas físicas e jurídicas. Os valores dos contratos licitatórios vencidos pelas empresas investigadas giram em torno de R$ 15 milhões.
A investigação teve início em janeiro de 2023, quando o Gaeco de Maringá recebeu informações sobre um possível e sofisticado esquema de obras irregulares e fraudes licitatórias em Mandaguaçu, com grandes prejuízos à população e aos cofres públicos municipais. O avanço da apuração identificou empresas e pessoas físicas que seriam beneficiárias do esquema.